quinta-feira, 18 de maio de 2017

Palestra: Violência e Drogadição - Profa Vera Morselli- PUC Goiás

Olá Apoios Pedagógicos, Coordenadores e Professores da EAJA!
Segue material da Palestra da Professora Vera Morselli.

👏👏💐

VIOLÊNCIA E DROGADIÇÃO
VERA L. MORSELLI
vmorselli@uol.com.br



Os 2 últimos séculos - séculos de guerras
e revoluções violentas.
Violência percebida como um fenômeno
global, que implica uso da força, do
poder e da dominação.
A violência em nosso cotidiano- uma das
formas de afirmação da força contra o
outro, a lógica da “lei do mais forte”.
Banalização e naturalização da violência
“um beco sem saída”.

A velocidade pela qual a violência se
instala, nos tira do lugar de
espectadores, nos tornamos agentes da
violência: respondemos com violência à
violência, e não a percebemos.
Há violência: famílias, escola, policial,
nas ruas, no trânsito, nos serviços de
saúde. Envolve todas as relações humanas.
A quais fatores a violência estaria
ligada? A falta de educação adequada?

A educação:

meios de garantir a civilização e a boa
convivência social,
uma das formas de prevenção para que os
homens não se destruam e possam viver em
sociedade.
Quem educa: família ou escola?
Família – como conceituá-la, como ela se
configura na sociedade contemporânea?

 A escola representa os valores
socioculturais vigentes, quando esses
valores são transformados, ela também é
afetada.
 É preciso abandonar a escola como "fábrica
do processamento cognitivo de informações"
para dar lugar ao espaço de transformação
de sujeitos capazes de produzir novos
sentidos de vida em relação a si mesmos e
em relação ao outro e, dessa forma, exercer 

Drogadição: consumo e comércio
 Há uma desvalorização dos laços afetivos e
das relações humanas.
 Sociedade elege o consumo como alternativa
de busca à felicidade.
 O fenômeno da drogadição, pode ser visto
como um sintoma de desordem social e
familiar, que pode expressar uma crise
desses sistemas.

 A drogadição é um ato comunicativo.
sua autonomia.
As drogas seguem a ordem social à medida
que participam da alta lucratividade e
das regras mercantis, financeiras e
comerciais como todos os outros ramos de
produção e distribuição.
Implicações: tráfico, violência, morte.

Para Arendt “a educação é o ponto em que
decidimos se amamos o mundo o bastante
para assumirmos a responsabilidade por
ele”.
O que fazer frente a estes fatos?
Quais atitudes favorecem o enfrentamento
desses fenômenos?

Escuta e comunicação
Oficinas são estratégias de
aproximação e atendimento aos jovens
com temas relacionados à cidadania e
aos direitos humanos. Elas
possibilitam a criação de espaços de
discussão e resolução de conflitos e
rivalidades.

“Não é possível refazer este país,
democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo
sério, com adolescentes brincando de
matar gente, ofendendo a vida,
destruindo o sonho, inviabilizando o
amor. Se a educação sozinha não
transformar a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda.”
Paulo Freire.

Agradeço a atenção e participação
de todas(os) e quem sabe até outra
oportunidade.
Vera Lucia Morselli
vmorselli@uol.com.br




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ORIENTAÇÕES PRELIMINARES SOBRE A SOBRE A NOVA ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO DE ADOLESCENTES, JOVENS E ADULTOS PARA 2016






SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE
DIRETORIA PEDAGÓGICA
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DE ADOLESCENTES, JOVENS E ADULTOS


ORIENTAÇÕES PRELIMINARES SOBRE A SOBRE A NOVA ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO DE ADOLESCENTES, JOVENS E ADULTOS PARA 2016

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da mudança... e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa)

A história da Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (EAJA) na Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia (SME), como parte de um movimento nacional e internacional, em defesa do direito à educação para todos, vem desde a década de 90 num processo coletivo que envolve professores, educandos, profissionais administrativos, coordenadores pedagógicos, diretores, apoios técnico-professores e a comunidade, buscando assegurar o direito ao acesso e à continuidade no processo de escolarização com qualidade social a todos os adolescentes, jovens, adultos e idosos não alfabetizados ou que não concluíram o Ensino Fundamental1.
Em relação à modalidade de educação de jovens e adultos (EJA), a SME de Goiânia, ao longo de sua caminhada, criou uma organização própria para atender aos adolescentes, jovens, adultos e idosos com estruturas alternativas de organização da escola, bem como tem construído sua Proposta Político-Pedagógica da EAJA em um movimento dialético de estudo e diálogo com os teóricos, pesquisando sobre a modalidade, dialogando os professores e educandos das escolas. Porém esse movimento nem sempre é compreendido e assumido como política de Estado, haja vista ser

[…] necessário reconhecer que este diálogo nunca é fácil, nunca é suficiente, nunca é definitivo e, dependendo da gestão que assume a prefeitura, a SME e a própria EAJA, este diálogo pode ser maior ou menor (Machado, Rodrigues, 2011, p.77).

No atual momento, a Diretoria Pedagógica, por meio da Gerência de Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos - GEAJA, está assumindo o desafio de discutir, avaliar e reescrever a Proposta Político-Pedagógica da EAJA 2012-2014. Para tanto, a GEAJA em parceria com as Coordenadorias Regional de Ensino (CRE) vem realizando pesquisas nas escolas, grupos de trabalho e estudo com representantes de escolas, o IV Simpósio da EAJA com o tema: “Avaliação e reescrita da PPP: Concepções de currículo e metodologias”, fóruns de educandos nas escolas coordenados por professores, cartas aos profissionais das escolas, entre outras ações que visam compreender, a partir daqueles que vivenciam cotidianamente a EAJA, na escola, como a PPP vem se materializando nesse espaço.
Merece destaque que esse movimento formativo se propõe a fazer diálogo com os sujeitos da EAJA, tendo por compreensão o princípio freireano de que somos sujeitos inacabados, que a educação é um movimento político–pedagógico e que:

[...] “o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes (FREIRE,1987, p.79).

É orientado por essa compreensão que o processo de avaliação e reescrita da PPP da EAJA vem sendo conduzido pela GEAJA. O grupo de trabalho e estudo do qual são sujeitos os apoios pedagógicos das CRE, do Centro de Formação de Professores (CEFPE), da Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania e da Gerência de Estudos e Projetos Educacionais tem se constituído como espaço de explicitação e problematização dos desafios enfrentados pelos professores no chão da escola e pela gestão da EAJA na SME de Goiânia. As discussões do GTE tem sido orientadas por autores entre os quais Arroyo (2011), Freire (1987),Silva (2010), e por documentos legais, como a PPP da EAJA.
Avaliar, repensar e reescrever a PPP dessa modalidade, a partir do que indicam esses autores, implica estudo, observação, pesquisa, reconhecimento dos saberes dos professores e dos alunos e a compreensão, por parte dos envolvidos com EAJA, de que a modalidade de EJA requer um corajoso, esperançoso e rigoroso posicionamento político em defesa de uma educação problematizadora e crítica, que promova o acesso dos educandos ao conhecimento sistematizado e o seu uso para a reestruturação de uma sociedade mais justa e solidária.
Segundo dados do relatório da Avaliação da Educação de Jovens e Adultos no Plano Municipal de Educação de Goiânia 2004-2014, Goiânia, em 2013, contava com aproximadamente 254.445 sujeitos com mais de 15 anos sem concluir o ensino fundamental. A partir de dados da Diretoria de Administração Educacional (DAE), percebe-se queda de 17,42% no número de matriculados em 2013, se comparados aos de 2010. Essa realidade demanda por parte de todos os envolvidos avaliar, pensar e repensar a EAJA, bem como assumir o compromisso ético e politico de exigir do poder público a assunção da EAJA como direito e a construção de uma política pública para essa modalidade na Rede Municipal de Educação e Esporte de Goiânia (RME).
Embora a EAJA, ao longo de sua caminhada, tenha construído uma diversidade de organizações que buscam contemplar e atender as diferentes demandas, necessidades e especificidades dos educandos, dados de pesquisas feitas pela GEAJA, por pesquisadores e a fala de educandos e educadores demonstram que essas diferentes organizações não têm sido suficientes para trazer os jovens, os adultos e os idosos para a escola, tampouco para possibilitar a sua permanência e a continuidade no processo de escolarização.
Essa realidade nos mobiliza a repensar as formas de atendimento atualmente disponibilizadas, reafirmando nosso compromisso em ofertar aos adolescentes, jovens, adultos e idosos uma educação diferenciada, socialmente referenciada, que tenha como finalidade a superação de uma visão ingênua de mundo e o avanço em direção a uma visão criteriosa, emancipadora e transformadora da realidade. Uma educação que atenda às características e às necessidades dos educandos, tendo como ponto de partida para o trabalho metodológico adequado a esses sujeitos a consideração de sua experiência de vida e como ponto de chegada uma prática social consciente e transformadora. Compreende-se ainda a sala de aula como espaço privilegiado onde ocorre o processo pedagógico e educativo no qual o papel do professor é de mediador.
Nesse sentido, é necessário criar uma estrutura temporal, imbricada à pedagógica, que melhor atenda à realidade e às necessidades dos sujeitos educandos da EAJA dos dias atuais, respeitando a Resolução nº 3\2010 da Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Nacional de Educação (CNE), que define que a carga horária para quem estuda as séries iniciais do ensino fundamental na modalidade de EJA é determinada pelos sistemas de ensino, e que a dos anos finais é de, no mínimo, 1.600 horas. 2.
O movimento de avaliação e reescrita da PPP da EAJA tem demonstrado a necessidade urgente de se repensar a modalidade também quanto a questões referentes à construção e desenvolvimento do currículo, aos momentos de estudo, pesquisa e planejamento, ao tempo escolar do educando e à formação continuada. Para tanto, é imprescindível ressignificar as condições de trabalho já conquistadas, bem como acompanhamento e orientação para que esses momentos e os saberes gestados pelos professores, no interior de cada escola, possam ser sistematizados, problematizados e socializados.
Reafirmar uma concepção político-pedagógica que desenvolva seus processos pedagógicos considerando quem são seus sujeitos educandos e educadores, implica refletir sobre as potencialidades de transformar a escola que os atende em uma instituição aberta, que valorize seus interesses, conhecimentos e expectativas; que favoreça sua participação; que respeite efetivamente seus direitos; que mobilizem e desenvolvam e reconheçam conhecimentos que partam da vida desses sujeitos.

DO TEMPO ESCOLAR DO EDUCANDO

I SEGMENTO
  • Tempo para o educando – 2 anos e meio, com matrícula e avanço a qualquer momento do ano letivo.
  • Carga horária: 570h anuais e 1.425h totais.
  • Será dividido em quatro etapas:
  • 1ª etapa (básica) - com duração de 1 ano - para pessoas não alfabetizadas e/ou em processo inicial de alfabetização.
  • 2ª etapa – com duração de 1 semestre.
  • 3ª etapa – com duração de 1 semestre.
  • 4ª etapa – com duração de 1 semestre.

Observações:
- As matrículas serão efetivadas conforme a documentação apresentada pelo educando. Caso ele não apresente documentação, será matriculado em caráter especial, passando por classificação e/ou reclassificação, quando se efetivará a enturmação nas etapas, mediante diagnóstico de aprendizagem. É importante deixar registrado no diário a série comprovada inicialmente, para efeito de documentação de transferência.
- Mantém-se a modulação do professor de Educação Física, fundamental ao processo pedagógico.
II SEGMENTO
  • Tempo para o educando – 2 anos e meio, com matrícula e avanço a qualquer momento do ano letivo.
  • Carga horária: 640h anuais, sendo 570h presenciais e 70h complementares, totalizando 1.600h (1.425h presenciais e 175h complementares)
  • Será dividido em quatro etapas:
  • 1ª etapa (básica) – para educandos que estão iniciando o II Segmento e/ou que apresentem dificuldades significativas no processo de ensino-aprendizagem.
  • 2ª etapa – Com duração de 1 semestre.
  • 3ª etapa – Com duração de 1 semestre.
  • 4ª etapa – Com duração de 1 semestre.

Observação:
- As matrículas serão efetivadas conforme a documentação apresentada pelo educando. Caso ele não apresente documentação, será matriculado em caráter especial, passando por classificação e/ou reclassificação, quando se efetivará a enturmação nas etapas, mediante diagnóstico de aprendizagem. É importante deixar registrado no diário a série comprovada inicialmente, para efeito de documentação de transferência.


Saberes de Experiências
Os princípios da Educação Popular referenciando a Proposta Político-Pedagógica da EAJA possibilitam ao educador, na prática cotidiana, construir o currículo numa relação dialógica entre a realidade local e o contexto mais amplo, numa articulação que traz o sujeito educando como protagonista no processo.
Compreende-se que os processos de aprendizagem que ocorrem nas instituições escolares se articulam com processos que acontecem com homens e mulheres por toda a vida, em todos os espaços sociais, na família, na convivência humana, no mundo do trabalho, em entidades religiosas, na rua, na cidade, no campo, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, nas manifestações culturais, nos ambientes virtuais, multimídia etc., cotidianamente, e o tempo todo, conforme posicionamento exposto no texto “Desafios de Educação de Jovens e Adultos no Brasil”, do Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos:

[...] “cabe abordar a concepção ampliada de educação de jovens e adultos, que entende educação pública e gratuita como direito universal de aprender, de ampliar e partilhar conhecimentos e saberes acumulados ao longo da vida, e não apenas de se escolarizar. Em outras palavras, os educandos passam a maior parte de suas vidas na condição de aprendizes e, portanto, muitas são as situações de aprendizado que vivenciam em seus percursos formativos.” (MEC\SECAD, 2009, p. 26).

Enfim, a EAJA deve perceber esses processos tão presentes no cotidiano, revelando-os e legitimando-os por meio de estratégias que valorizem esses aprendizados. Atividades como noites culturais, trabalho comunitário, participação em associações, agremiações e outros movimentos do bairro, pesquisas propostas pelos professores a serem desenvolvidas nas escolas e/ou na comunidade e outras atividades, sem a obrigatoriedade da presença do professor. Nesse sentido, pode-se, também, propor a contagem de horas do educando com experiências vivenciadas em outros espaços, como trabalho, formação profissional, experiências comunitárias, dentre outras.

Esses Saberes de Experiências deverão ser assim trabalhados:

Eixo 1 – ações coletivas articuladas aos eixos curriculares da EAJA – Identidade, Cultura, Trabalho, Cidadania – em um total de trinta e cinco horas semestrais, envolvendo estudos e pesquisas de campo, pelos educandos, buscando relacionar as vivências e experiências desses sujeitos aos eixos da PPP da EAJA, numa perspectiva crítica, dialética de construção de conhecimentos. O coletivo de professores deverá mensurar previamente a carga horária destinada às ações, tais como: pesquisa de campo, pesquisa teórica, oficinas, entrevistas, relatórios, entre outras que se fizerem necessárias à realização das atividades planejadas.

Eixo 2 – reconhecimento e registro, na secretaria escolar, de atividades certificadas desenvolvidas coletiva ou individualmente pelos educandos em outras instituições e/ou na escola (Escola Aberta, entre outras).

Observações: A escola será responsável por planejar e articular as ações complementares aos eixos da PPP da EAJA, totalizando trinta e cinco horas semestrais, independentemente da carga horária individual referente aos cursos e formações extras apresentadas pelos educandos e registradas na secretaria da escola. Essas ações deverão ser explicitadas no Projeto Político-Pedagógico da escola e registradas, ao longo do semestre, em instrumento específico, que será encaminhado pela GEAJA às escolas.

DA FORMAÇÃO CONTINUADA

Do apoio técnico-professor
Encontros mensais (conforme cronograma prévio) para apoios técnico-professores orientados e coordenados pela GEAJA, FE\UFG, CEFPE, mediados pela FE\UFG.

Encontros Ampliados (para apoio técnico-professor e coordenador pedagógico)
Encontros mensais, conforme calendário escolar, para apoios técnico-professores e coordenadores pedagógicos das unidades escolares, orientados e coordenados pela GEAJA, FE\UFG, CEFPE, mediados pela FE\UFG.

Dos planejamentos mensais como espaço\tempo de formação nas unidades escolares
Realização de planejamentos mensais, conforme calendário escolar, para planejamento e estudo coletivo/formação na escola, com a presença dos professores do I e II Segmentos. Momento mediado pelo coordenador pedagógico.

Do planejamento específico das Escolas Agrupadas
Momento adicional mensal (conforme cronograma prévio) de planejamento em cada escola, com a presença de educandos, para atender às demandas próprias dessa forma de organização.

Da formação mensal na escola
Momentos de estudo coletivo (conforme calendário escolar) envolvendo o I e o II Segmentos, organizados em uma, duas ou três escolas, mediados pelo coordenador pedagógico e apoio técnico-professor, com planejamento feito no encontro mensal ampliado, considerando as especificidades de cada escola.

Das trocas de experiências por Coordenadorias Regionais de Ensino
Encontros trimestrais (conforme cronograma prévio), promovidos e mediados pelas Coordenadorias Regionais de Ensino, para trocas de experiências, entendidas como análise reflexiva da prática educativa, numa ação integrada entre I e II Segmentos.
Estudo individual e\ou pequenos grupos
Estudos semanais, conforme horário individual de formação, viabilizado pela organização escolar, planejados pelo coletivo de professores, orientados pelo coordenador pedagógico e mediados pelo apoio técnico-professor.

Da formação dos professores do I Segmento
Realização de encontros mensais, em horário letivo, orientados e coordenados pela GEAJA e CEFPE, mediados pelo CEFPE. Ressalta-se, contudo, que os professores do I Segmento deverão participar, também, dos encontros formativos na escola, mediados pelo apoio técnico-professor e coordenador pedagógico.

Da formação por componente curricular e pedagogo
Encontros específicos de professores por componente curricular e pedagogos, para aprofundamento dos conhecimentos e construção de objetivos, conforme pressupostos, concepções de currículo e princípios da EAJA, durante o primeiro semestre de 2016 e vinculados ao GTE de avaliação e reescrita da PPP da modalidade.

Orientações gerais:
  • Carga horária diária de aula: 3 horas, com 10 minutos de intervalo, para toda a EAJA: das 19 às 22 horas no noturno; horários alternativos para as extensões.
  • Horário do jantar: definido mediante escuta aos educandos.
  • Avaliação do desempenho escolar: reafirma-se a concepção de avaliação proposta para a EAJA, “compreendida como um processo fundamental para o desenvolvimento qualitativo do trabalho pedagógico na escola, pois é a partir dela que se definem os objetivos a serem atingidos, os conteúdos a serem trabalhados e forma como trabalhá-los.”(PPP, 2013, p.43). Registro de avaliação: descritivo e semestral, resultante de um processo avaliativo que englobe as várias dimensões do processo de ensino-aprendizagem, por meio de diferentes instrumentos, com nota, de 0 a 10, por ocasião do avanço.
ENCONTROS INICIAIS DE FORMAÇÃO – 2016

DIAS 14/01 e 15/01 (Público: apoios técnico-professores)
  • Retomada de aspectos relevantes para a EAJA na SME: contextualização da EJA no Brasil e em Goiânia; reafirmação da EJA como espaço de luta; reafirmação do compromisso pedagógico da EAJA, a partir dos princípios da educação popular; delineamento do perfil militante dos sujeitos envolvidos.

  • Apresentação da estrutura de formação para 2016, bem como do levantamento de conteúdos para a formação, oriundo de ações de escuta no processo de avaliação e reescrita da PPP da EAJA.

  • Apresentação da nova organização do tempo escolar e orientações pedagógicas.

  • Socialização e diálogo com professores que atuaram no PROEJA-FIC\PRONATEC sobre a experiência de formação.

  • Estudos sobre as metodologias do trabalho pedagógico adotadas na EAJA, na perspectiva de analisar as práticas pedagógicas empreendidas, bem como redimensionar o currículo a ser desenvolvido em cada escola.

DIAS 18/01 e 19/01 (Planejamentos nas unidades escolares com a presença dos apoios técnico-professores das CRE, GEAJA e CEFPE)
  • Retomada da nova organização do tempo escolar e orientações pedagógicas (carga horária, formação das turmas, eixos temáticos, objetivos, entre outros)

  • Espaço para questionamentos e dúvidas.

  • Discussão sobre as metodologias do trabalho pedagógico adotadas na PPP da EAJA, definição da proposta metodológica a ser adotada pelo coletivo de professores e reflexão coletiva sobre o currículo.

  • Planejamento coletivo da ação pedagógica do período inicial.

DIAS 25/01 e 27/01 (Público alvo: apoio técnico-professores e coordenadores pedagógicos)
  • Mesa de abertura com autoridades representativas da RME (secretária, superintendente, diretor pedagógico, gerente da GEAJA, parceiros da FE/UFG, gerente do CEFPE e coordenadores das CRE), referendando as ações de restruturação escolar e de formação continuada.

  • Socialização e diálogo com professores que atuaram no PROEJA-FIC\PRONATEC sobre a experiência de formação.

  • Socialização das ações planejadas e desenvolvidas durante a primeira semana de aula, bem como dos objetivos e expectativas da escola quanto à nova forma de organização e formação continuada.

Observação: Atendendo às demandas específicas de formação e planejamento, o início das atividades escolares com os educandos em 2016 na EAJA será no dia 20 de janeiro de 2016.

Referências

ARROYO, Miguel. Balanço da EJA: o que mudou nos modos de vida dos jovens-adultos populares? REVEJ@ - Revista de Educação de Jovens e adultos, v. 1, n. 0, p.1-18, ago. 2007. _____. Currículo, Território em disputa. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

FREIRE, Paulo Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, Moacir. Educar para um outro mundo possível. São Paulo: Publisher Brasil, 2007.

GIUBILEI, Sonia (org). Caderno de Textos do GEPEJA. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos. São Paulo: Campinas, 2010.
Proposta Político-Pedagógica da Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos. Goiânia: Secretaria Municipal de Educação\SME, 2013.

GOIÂNIA, Prefeitura Municipal. Proposta Político-Pedagógico da Educação Fundamental de Adolescentes, Jovens e Adultos. Goiânia: Secretaria Municipal de Educação /SME, 2013.

MACHADO, M.M; RODRIGUES, M.E. Adolescentes, Jovens e Adultos: um convite à reflexão e à reconstrução. In: SME: Educação e Movimento/ Secretaria Municipal de Educação de Goiânia. v.1, jul./dez.2011 p.74-81.

SILVA, Jerry Adriani. Um estudo sobre as especificidades dos/as educandos/as nas propostas pedagógicas de educação de jovens e adultos-EJA: tudo junto e misturado. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010. 191 f.
1Para aprofundamento da história da Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos na Secretaria Municipal de Educação de Goiânia ver: SANTOS ( 2007), RODRIGUES (2000) e GOMES(2006).

2
Resolução CNE\CEB 3\2010. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de junho de 2010, Seção 1, p. 66.